“Existem manhãs em que abrimos a janela, e temos a impressão de que o dia está nos esperando.”

quinta-feira, 15 de janeiro de 2015

O PÉ CHULÉ




Era uma vez um pé
Um pé chamado Chulé
Chulé é o grande amigo de Zé
Chulé leva Zé, pra onde ele quiser.

Viviam na roça, em grande simplicidade
Foi quando Zé resolveu, ir morar lá na cidade.

Chulé acostumado, viver na terra sem frescura
Ficou desesperado, com o asfalto quente que lhe provocou queimaduras.

Eram tantas bolhas, que se formaram em Chulé.      
Que devido a tanta dor
                                           Zé ficou preocupado e, foi procurar o seu Doutor.

O doutor aconselhou a comprar um sapato
Pois na cidade grande, quem anda descalço
Ou é burro ou é novato.

Chulé e o sapato se tornaram grandes amigos
Mas mesmo assim percebeu que vivia deprimido
Não sentia mais o chão
Vivia preso, escondido.

E o tempo foi passando
E chulé se conformando
Eram tantas, festas,bailes e andanças
E novas bolhas formando.

Foi quando num belo dia, que Chulé percebeu
Um furo que na sola se formava
No sapato que Zé lhe deu

Triste foi à separação
De Chulé e o sapato
Já estavam acostumados um com outro
Andando pra todo lado.

Chulé se sentiu livre do tal amigo sapato
Pois mesmo sendo amigos
Sentia-se sufocado

Zé e Chulé resolveram, no mesmo instante
De imediato
Vamos embora da cidade
E voltar pro nosso mato
Mais vale o pé no chão, e feliz
Do que um belo sapato.



Autora do Post Eliana Prestes

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